Inspirada pelo conto de Edgar Allan Poe, Fátima Beira investiga, nesta série de sete aquarelas, os limites entre o corpo, o tempo e o invisível. Em Máscaras da Morte (2025), cada pintura encarna uma presença silenciosa — rostos imóveis que evocam tanto a finitude quanto o enigma do que permanece após o fim. As obras, intituladas A morte, A tragédia, Bailarina Misteriosa, Fantasma, Fragmentos e Prenúncio da morte, traduzem em sombras e sutilezas cromáticas o peso da ausência. Com traços contidos e uma paleta que varia do sépia nebuloso ao vermelho carnal, a artista convida o espectador a confrontar a fragilidade da existência e o silêncio profundo do desconhecido.